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Escandalosamente colorido

  • Foto do escritor: Bárbara Colucci
    Bárbara Colucci
  • 15 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura

"Tropicália", Ana Medina

Hoje vimos o primeiro capítulo da nova novela das 9 na Rede Globo, Velho Chico. Logo na abertura fiquei intrigada com a música. Sabe quando você se lembra de ter escutado uma música mas não sabe exatamente qual é? Pois é. Curiosa, dei uma leve Googlada e descobri que o nome da música é Tropicália, de Caetano Veloso. Mais intrigada ainda porque não posso ver uma música boa sem olhar a letra completa e saber de onde ela vem, percebi o quanto era significativa e resolvi ir mais a fundo na pesquisa. Tropicália foi criada quando o Tropicalismo estava presente em nosso país, um movimento musical curto mas muito significativo. Gente, sou daquelas que não pode ver nada sobre o período da ditaduta militar no Brasil que fico maluca, não consigo me controlar.... então, o texto de hoje e o primeiro desse novo blog não poderia ser outro que não essa mistura de guitarra, cores e cabelos esvoaçantes.


Pra quem não sabe, o período de ditadura foi muito complicado para o Brasil. Além de todas os impedimentos que tínhamos, falando mais especificamente sobre a música, havia muita censura e não se pudia criar sobre qualquer coisa como é hoje. Nossos músicos eram limitados a dizer o que o governo deixava e isso acabava com a liberdade de expressão deles. Nesse período surgiu a Bossa Nova que foi a primeira crítica a essa censura. Logo depois, surgiu a Tropicália que era um movimento que juntava guitarras elétricas, influência do Pop Norte-Americano, com berimbaus, violinos e cultura popular. Ela não era exatamente como a Bossa Nova e não tinha o objetivo claro de ir contra a censura daquela época mas sim de expressar a liberdade social e comportamental, deixando a crítica subentendida e codificada nos versos das músicas (esse artigo analisa a letra de Tropicália). Pesquisando imagens para saber mais sobre a estética da época é muito claro as roupas extravagantes, os cabelos compridos e os excessos em todos os sentidos. E era exatamente isso que o movimento queria, causar. E conseguiu. Carmen Miranda também era muito citada e seus movimentos de braços e mãos eram repetidos fazendo com que ela se tornasse um símbolo do Tropicalismo.


Quando Caetano Veloso e Gilberto Gil foram presos dela ditadura e exilados no Reino Unido um ano e meio após o início da Tropicália, o movimento acabou. Porém, continua vivíssimo em nossa história e agora, toda vez que eu escutar Tropicália, eu vou me lembrar dessa época cheia de vivacidade, de sonhos e de brasilidade para saudar a nossa bossa-sa-sa.

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27 primaveras, brasileira, mineira de Juiz de Fora, leonina, fisioterapeuta por formação, curiosa, espontânea e completamente indecisa. Ama a Disney, pão de queijo, sorvete com cereja, séries e filmes, manga e mixirica, sorrisos sinceros, Nutella, cheiro de chuva e o cafuné do paixão :)

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